Diogo Guerreiro – Prémio de Mérito do Secundário no ano letivo 2019 / 2020 Agrupamento de Escolas Amadora Oeste
O Prémio de Mérito Académico, iniciativa conjunta da Câmara Municipal da Amadora e do SIMAS Amadora e Oeiras e que visa distinguir o mérito dos alunos finalistas dos 9º e 12º anos, foi atribuído, no Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, ao aluno Diogo Guerreiro da turma 1 do 12º ano.
O Diogo, a quem desde já aproveitamos para felicitar, ingressou no presente ano letivo no Instituto Superior Técnico, tendo partilhado o seu testemunho pessoal na forma de uma pequena entrevista.
Diogo, na sociedade de informação global do séc. XXI, e do ponto de vista dos alunos, que fatores consideras serem determinantes na melhoria das aprendizagens e propiciadores do aumento do sucesso escolar?
Nos últimos tempos, especialmente desde que toda esta história da pandemia aconteceu, muita coisa tem mudado na vida de toda a gente, especialmente na vida dos estudantes de uma forma muito peculiar. Aquela sensação de ir para a escola, estar com os colegas nos intervalos, aprender cara a cara com os professores mudou. Agora tem sido possível um retorno gradual a uma nova normalidade, mas o ensino nunca mais vai ser o mesmo. E com mudança deve vir adaptação. E é a adaptação de cada um às situações que lhe apareçam pela frente que eu considero e que a meu ver é a parte mais importante num aluno. É necessário entender que o mundo e com ele o ensino vão mudando e que cada vez mais existem novas formas de facultar aos alunos novos conhecimentos, cada vez existem mais ferramentas que facilitam isso aos professores. Acho ainda importante, num mundo tão incerto, como toda esta situação que estamos a viver nos tem provado, que cada um saiba ou procure saber aquilo que quer. Seja estabelecendo objetivos de uma vida, comprar um carro desportivo ou uma casa grande, ou pequenas coisas que espera alcançar, como tirar determinada nota num teste.
Que aspetos destacas como essenciais no teu percurso escolar?
Ao longo do meu percurso tive a sorte de encontrar ótimos professores que me foram marcando e ensinando não só o que lhes era incumbido de me ensinar a mim e aos restantes alunos mas também como olhar o mundo, como pensar em certas coisas e como agir ao enfrentar certas situações. Com eles aprendi que nunca nada acontece exatamente como estamos à espera e que aconteça o que acontecer, se quisermos, somos capazes de o ultrapassar e alcançar os nossos objetivos. Acredito que essa foi a parte mais essencial no meu percurso académico até agora, o apoio e o carinho de muitos professores. Claro que devo reconhecer o meu próprio esforço desde o início, mas sem eles para me guiarem não teria conseguido chegar onde cheguei.
Que curso estás a frequentar e quais são os principais desafios desta nova etapa académica?
Neste momento estou no Instituto Superior Técnico, ou IST, no curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. Voltando ao que disse anteriormente, nem sempre acontece o que estamos à espera e este é um desses casos, este curso não foi a minha primeira opção, sendo essa Engenharia Física Tecnológica também no IST, mas como sempre me ensinaram há que fazer disto o melhor e ultrapassar este pequeno grande percalço para um dia chegar àquilo a que eu próprio me propus.
A minha experiência na universidade tem sido ao mesmo tempo fantástica e stressante, como sei que tem sido para muita gente. Por um lado, é ótimo chegar aqui, é uma experiência magnífica e não tenho palavras para descrever o tão bom que é estar no ensino superior, mas ao mesmo tempo o grau de dificuldade comparado com tudo o que fiz até agora é completamente diferente, muita coisa para fazer ao mesmo tempo, muitas preocupações simultâneas. Mas, no final, tem sido um ótimo desafio que me tem posto à prova. Por enquanto, o objetivo é dar o meu melhor, trabalhar sempre para ser o melhor, o resto há de chegar com trabalho árduo e quando chegar hei de sentir que foi merecido.
E no futuro? Que projetos profissionais, expetativas e sonhos acalentas?
Sinto que neste momento o meu futuro é algo incerto. Como referi, não fiquei colocado na minha primeira opção e por essa mesma razão não sinto que me encaixe totalmente neste curso daí saber que quero tentar a mudança no final deste ano letivo, deixando sempre a incerteza de que posso ou não conseguir. Depois de acabar esta fase universitária, gostava de investigar nas áreas que mais me interessam, nomeadamente na área da Física ou até fundar uma empresa na área da indústria espacial; é um projeto muito querido meu que gostava de realizar com alguns amigos e quem sabe futuros colegas de trabalho. Como disse o futuro é incerto e os sonhos são muitos e o que tenho a fazer é trabalhar o mais possível no presente para garantir que as oportunidades que se apresentarem nesse meu futuro são as melhores que podiam alguma vez ter sido.
Entrevista conduzida por Ana Paula Albino, via email
Marcações: CMA, 2019/2020, Prémio de Mérito, 2020/2021, Diogo Guerreiro





