A visita à escola XLIV Liceum Ogólnokształcące im. ks. Stanisława Konarskiego, em Cracóvia, na Polónia, de 4 a 8 de dezembro de 2023, resulta do convite da professora Joanna Baldys para participar em atividades no âmbito do projeto eTwinning em que alunos seus e nossos participam, no ano letivo em curso.
Este projeto foi publicado na plataforma ESEP pela professora Ana Água, tendo suscitado o interesse dos docentes de outros estabelecimentos de ensino europeus, para além da Polónia, nomeadamente a Grécia, a Itália, a França e a Turquia.
O projeto “Democracies on Screen” pretende debater a Democracia, tirando partido da celebração dos 50 anos do 25 de abril em Portugal. Ao projeto associaram-se também as professoras Margarida Cruz e Ana Flôr, cujas áreas de ensino, multimédia e literatura, relevam para os objetivos e resultados a alcançar com este projeto: a captação e a congregação de diferentes símbolos da democracia, com recurso a ferramentas digitais e outras, num objeto de Memória do Dia da Liberdade. Pretende-se levar os jovens a refletir sobre os valores da democracia, depositando na seleção dos símbolos o seu olhar crítico. Tal como Portugal, também outros países da UE passaram por processos de restauração e implementação da democracia e da liberdade, daí que 5 professores tenham mesmo aceitado o convite para participar com os seus alunos nesta iniciativa europeia. Assim, 14 alunos das turmas de 12º ano de Humanidades e Artes Visuais da nossa escola participam até final do ano, juntamente com mais cerca de 60 alunos da Grécia, Itália e Polónia, neste projeto multilinguístico, artístico, promotor de competências sociais e de consciência europeia.
Estando a escola da professora Joanna Baldys, no centro histórico de Cracóvia, num processo de internacionalização, tendo formalizado no início do ano letivo a candidatura a Acreditação escolar, pareceu-nos importante aceitar o convite para conhecer a escola, observar aulas e atividades e participar em debates sobre a democracia com os seus alunos. Desta forma, continuamos a apostar também na internacionalização do nosso Agrupamento e no alargamento de parcerias para futuras atividades, nomeadamente a mobilidade de grupo de alunos.
Assim, os objetivos deste Jobshadowing, inscritos no Acordo de Aprendizagem firmado entre os dois estabelecimentos de ensino, focaram-se:
Para além de observarmos aulas de Inglês e de língua polaca, tivemos ainda oportunidade de participar em debates com a turma da Joanna e na organização de atividades, bem como em reuniões com responsáveis por projetos da escola e, claro, com o Diretor do estabelecimento.
A nossa semana na escola XLIV Liceum Ogólnokształcące im. ks. Stanisława Konarskiego, em Cracóvia, na Polónia, permitiu-nos um contacto parcial com a realidade educativa polaca. Esta escola secundária, de pequena dimensão, serve uma população maioritariamente de classe média alta e tem um perfil conservador.
A gestão da escola centra-se na pessoa do Diretor, que nos recebeu no seu gabinete para uma interessante conversa em que se trocaram informações sobre o sistema escolar polaco e português, oferecendo-nos de seguida acesso livre a toda a escola.
Ainda no que diz respeito à gestão da escola, o Diretor, além das funções de gestão, leciona, também, uma disciplina, tendo atribuída uma turma. Existe um professor responsável por cada disciplina (grupo disciplinar) e coordenadores por áreas de conhecimento, um modelo muito semelhante ao português, apesar de ser colocado em prática de um modo mais informal. A figura de diretor de turma é igualmente existente, com uma quase reprodução das funções presentes entre nós. A gestão de cada disciplina é da responsabilidade de cada professor, havendo obviamente um programa a cumprir.
Na Polónia, a obrigatoriedade de frequência da escola inicia-se aos seis anos de idade e termina aos dezoito, isto de acordo com as últimas reformas efetuadas já no século XXI. As crianças não têm de frequentar o Jardim de Infância, porém aos seis anos todos têm de fazer um ano pré-escolar. A entrada para a Escola Primária dá-se aos sete anos e este nível de ensino tem a duração de oito anos, que termina com um exame nacional. De seguida, os alunos prosseguem para o ensino secundário que, de acordo com a vertente escolhida pode ter entre quatro a cinco anos. Existem os cursos direcionados para o acesso à universidade (liceum) – com a duração de quatro anos; os cursos técnicos ou vocacionais (technikum) – com a duração de cinco anos - que dão uma dupla certificação e também acesso à universidade e, ainda cursos com três vertentes de cursos técnicos ou vocacionais que preparam os alunos para uma profissão específica. Os dois primeiros tipos de cursos secundários referidos terminam com a realização de um exame nacional – Matura Exame – que será da(s) disciplina(s) exigidas pela Universidade / Faculdade que se pretende frequentar.
Durante a semana em que estivemos nesta escola, visitámos todo o espaço escolar, que é quase exclusivamente interior, devido às condições climáticas. A escola funciona num edifício antigo, mas bem conservado e tem todos os espaços que se espera encontrar numa escola secundária deste tempo. De assinalar que, como estávamos próximos do Natal, todas as salas de aula tinham decorações alusivas à época, assim como os toques entre aulas eram assinalados com uma melodia natalícia. No resto do ano, são assinalados sempre com música.
Causou-nos especial agrado que a visita guiada à escola tenha sido realizada por um pequeno grupo de alunos que mostraram muito entusiasmo em nos receber. Frequentámos o refeitório da escola, onde tivemos a oportunidade de provar comida típica polaca.
Finalmente, assistimos, durante esta semana, a diversas aulas das disciplinas de Polaco e Inglês. Nas aulas de Inglês tivemos a oportunidade de participar em algumas atividades com os alunos, o que se revelou muito interessante. Participámos, também, numa visita de estudo, já que num dos dias os alunos estiveram a realizar provas de preparação para os exames Matura.
No que diz respeito às atividades extracurriculares, notámos que não há uma grande oferta devido à gestão de espaços, e também ao número de horas que pode ser atribuído a cada professor para as desenvolver. Os alunos fazem, no entanto, quase todos os anos, uma visita de estudo de intercâmbio com escolas de outros países. Neste caso, as viagens são inteiramente custeadas pelos pais.
Notámos, ainda, pela observação de um quadro na sala de professores, que semanalmente estes têm algumas tarefas atribuídas no sentido de contribuir para um bom funcionamento da escola e sucesso dos alunos.
Este Jobshadowing permitiu-nos observar de perto uma realidade diferente da nossa, apesar de não tão diferente assim. O contacto com os alunos sempre disponíveis e curiosos em relação a duas estranhas, a partilha de sucessos e angústias com os nossos colegas foi o que se destacou nesta semana.
Terminamos com um verso do poeta Adam Mickiewicz, do qual tentámos encontrar um livro traduzido em inglês - já que temos algumas dificuldades em polaco! - porém tal foi impossível.
Quem nunca tocou a Terra, nunca poderá chegar ao Céu.
A neve caiu sem dó no dia em que fomos visitar Aushwitz-Birkenau.
Agradecemos a sensação gélida porque não podíamos sentir conforto naquele sítio.
O que resta de um dos lugares mais desumanos do mundo é mantido em nome da memória dos que ali perderam nome, vida, alma, às mãos dos mais hediondos algozes.
Ainda que não ficassem os tijolos negros do tempo e da ignomínia, ainda que as tábuas soturnas das barracas tivessem desaparecido, ainda que as marcas da malignidade tivessem sido apagadas do chão e das paredes, não seriam esquecidos. Mas tudo isto existe - ainda bem - para ser testemunhado. Foi para isso que lá fomos, para continuarmos a testemunhar.
Mais do que reproduzir o que todos podem ler nos livros da História, o nosso é um testemunho sensorial e emocional, captado pela nossa lente e pelo nosso espírito. Este sítio ficará para sempre gravado em nós. Tudo nos faz estremecer: o que ouvimos e o que não ouvimos, os amontoados de pertences das vítimas, os seus olhos amargurados nas fotos, os locais de execução manchados de tortura.
Impressiona-nos a banalidade do mal inscrito neste lugar. E perguntamo-nos se isto poderia voltar a acontecer. Já não sabemos, talvez já tenhamos sabido melhor. Por agora, façamos a nossa parte: mantenhamos viva a memória.
Numa altura em que vemos demasiadas manifestações de apologia ao extremismo e ao ódio pelo Outro ser humano, lembremos que o impensável aconteceu.
"6 milhões de judeus foram aniquilados e eu não quero que deixem apenas um espaço vazio. Gostaria de preencher este espaço com memórias. Começou com o facto de não poderem ir a parques, de serem proibidos de trabalhar, de casar com pessoas de outra religião. Começou com passos muito pequenos e esses passos resultaram no Holocausto". Katarzyna Warman, filha de sobrevivente do Holocausto.
Durante a semana de 12 a 17 de fevereiro, os professores, Anabela Ramos, Carlos Dias e Rita SIlva, realizaram a formação - Experiential Learning in Florence: Sustainable Tourism and Travel Psycology in Pratice, através da Europass Teacher Academy com a formadora Monica Ogaz, em Florença (Itália).
Do nosso ponto de vista, esta formação, apresentou três áreas fundamentais: a formação em si no seu aspeto técnico-pedagógico; as suas aplicações teórico-práticas no contexto de sala de aula; e os efeitos socioculturais da semana em Florença.
No que respeita ao primeiro ponto, temos de ter em consideração a formação do grupo turma, começando pela formadora, de origem mexicana, apesar de toda a sua formação ter sido feita em Itália. Tínhamos ainda colegas de Espanha, Alemanha e Lituânia. Esta mescla de culturas trouxe ao grupo diferentes visões, perspetivas, formas de estar na vida e no ensino enriquecendo toda a formação.
Começamos por caracterizar o espaço da sala de aula, um espaço de atelier bem acolhedor, da formadora, uma artística plástica, o que nos trouxe uma experiência completamente diferente do estar numa sala de aula tradicional. A formação foi muito mais prática que teórica, onde a cor, os pinceis, as tintas, as colagens, as caminhadas, as fotografias, a escrita, mapear a cidade, os desenhos e a partilha, entre trabalhos individuais e diversificados trabalhos de grupo, a importância da arte como terapia, estiveram bastante presentes.
Quanto ao segundo ponto, este foi enriquecedor pelas aprendizagens vividas, tanto teóricas como práticas. Não podemos esquecer as visitas a alguns ateliers, a academia de Belas Artes, os aspetos práticos organizados em grupos, em praças, ruas…dando-nos o privilégio de conhecer lugares culturais da cidade, mas também o descobrir de locais interessantes como a Biblioteca Oblate menos turísticos, onde realizamos trabalhos. Esta foi uma vivencia, que cada um transporta para a sua sala de aula.
Em relação ao terceiro ponto, os efeitos socioculturais de uma semana de formação em Florença, com diversificados desafios de trabalhos individuais, partilhas e trabalhos utilizando múltiplas técnicas expressivas em grupos, bem como visitas turísticas sustentáveis a espaços únicos como Ateliers artesanato como de Marbled paper, as galerias Uffizi, ponte Vechio, Leonardo da Vinci Museum, Oblate biblioteca têm efeitos que se projetam na nossa vida pessoal e profissional, expandindo os nossos conhecimentos e capacidades, proporcionando novas experiencias que pretendemos disseminar nas nossas aulas e com ateliers de trabalho com outros professores na nossa escola, estes efeitos não são mensuráveis, pois estão em aberto inspirando aulas mais criativas e interativas, portanto em expansão continua.
Com o culminar da formação sentimos uma enorme satisfação pelo que aprendemos e pela camaradagem que tivemos com todo o grupo...ficando o sentimento tão português de saudade.
Entre os dias 4 e 9 de março de 2024, as professoras Ana Tavares, Carla Santos e Silva e Lívia Lourenço, integraram o curso de desenvolvimento pessoal e profissional „Supporting Diversity with Intercultural Education in the Classroom“, em Split (Croácia), promovido pela Europass Teacher Academy e dinamizado pela formadora Alenka Miljević.
Há mais de uma década que as três professoras lecionam no Agrupamento de Escolas Amadora Oeste, num contexto caraterizado pela multiculturalidade, onde as culturas e identidades se misturam, e onde impera a interculturalidade. Em tempos de globalização, diariamente, são inúmeros os desafios colocados aos professores, os quais se deparam com estudantes provenientes de diversos países, com diferentes culturas e necessidades, pelo que é premente a procura de novas ferramentas e estratégias para melhor saber lidar com a diversidade, apoiando a inclusão e integração destes alunos(as).
Deste modo, torna-se imprescindível a aquisição de competências que fomentam a prática de uma escola inclusiva e resiliente, onde todos possam ter lugar não só para aprender, mas também para prosperar, para que no futuro sejam adultos com uma conduta cívica que privilegie a equidade, a integração da diferença, o respeito pelos Direitos Humanos e a valorização de conceitos e valores de uma cidadania ativa e democrática.
Neste sentido, as docentes aceitaram o repto de integrar o curso supracitado num contexto internacional, com professores de vários países (Portugal, Croácia, Espanha, Roménia, Eslovénia, Itália e Alemanha), o qual permitiu o intercâmbio de conhecimentos, de culturas e de experiências enriquecedoras, bem como o contacto com diferentes práticas, métodos e estratégias pedagógicas.
Esta formação forneceu ferramentas e recursos sobre como gerir, com sucesso, uma sala de aula intercultural, respeitando a diversidade, promovendo a inclusão e proporcionando a aquisição de competências para a educação intercultural mostrando novas abordagens para salas de aula culturalmente diversificadas e empáticas.
Para além desta componente mais pedagógica, a formação promoveu a importância da empatia nas relações humanas, as conexões profissionais entre professores com diversas experiências e origens, incentivou a colaboração interpares, a reflexão, a inovação e a troca frutífera, incluindo, naturalmente, a partilha de boas práticas.
Este intercâmbio entre professores e instituições europeias, permite manter os profissionais da educação atualizados, mais flexíveis, motivados e mais despertos para as novas realidades impostas pelas mobilidades populacionais a nível mundial.
#ConstruindoPontes #Interculturalidade #Multiculturalidade #Inclusão #Erasmus+
Durante a semana de 12 a 16 de abril de 2024, as professoras, Isabel Pinheiro, Lurdes Henriques e Maria João Costa, no âmbito do projeto Erasmus+, participaram no curso "English Language Course (Intermediate Level)", em Galway, na Irlanda.
A escola, “O Bridge Mills Galway Language Centre”, está situada num edifício de pedra rústica, um moinho histórico de 1558, situado nas margens do rio Corrib, no centro de Galway. O centro de línguas começou, há trinta anos, com um pequeno grupo de professores com o objetivo de ensinar inglês com excelência aos estudantes estrangeiros.
A rio Corrib é o segundo rio mais veloz de toda a Europa.
O edifício à noite, na cave, funciona como restaurante e bar, o que se reveste de particular interesse, numa cidade com 500 bares.
Os alunos de Erasmus integram as turmas existentes, de acordo com o seu nível de proficiência na língua, o que foi feito previamente numa entrevista via Zoom e num teste on-line.
Porquê a escolha deste curso?
No presente ano letivo, no nosso agrupamento, aproximadamente 30% dos nossos alunos não têm naturalidade portuguesa, são oriundos de 38 países diferentes. A multiculturalidade e consequentemente o multilinguismo dos alunos do agrupamento exige uma maior fluência do inglês.
A atualização científica e pedagógica exige cada vez mais o domínio do inglês. Dominamos as bases essenciais do inglês, mas necessitamos de alargar e expandir os nossos conhecimentos, daí a escolha de um nível intermédio.
A aprendizagem do inglês capacitar-nos-á com competências de comunicação, que poderão ser aplicadas numa sociedade maior e mais complexa, através da troca e influência de diferentes culturas e contextos educativos.
Quando chegámos e nos perguntaram quantos meses iríamos ficar a estudar a língua e respondemos uma semana, o sorriso foi geral.
O curso foi intensivo, seis horas por dia, em que as aulas incluíam conversação, audição, gramática, jogos, realização de exercícios, quizzes, visualização de filmes com a respetiva interpretação e vocabulário. Quase todos os dias tínhamos trabalho de casa, o que nos levou a passar pelo sentimento dos nossos alunos.
Nestes dias “ voltámos a ser estudantes” , o que refrescou a nossa perspetiva e dinâmica como professores.
Os professores tinham nacionalidades diferentes, eram muito competentes, dinâmicos, criativos e com práticas pedagógicas diversas.
O intercâmbio com colegas e professores de diferentes nacionalidades e contextos foi sem dúvida uma experiência inesquecível e muito enriquecedora.
Numa das aulas fizemos uma apresentação multimédia do nosso país, focando aspetos tais como, a população, paisagens de diferentes locais, monumentos, costumes, artesanato e comidas típicas, ao som de Carlos Paredes. Terminámos com um poema de Sophia de Mello Breyner, escrito em inglês e em português, desafiando os presentes a soletrar a nossa língua.
Partilhámos vinho do Porto, com 10 anos (tipicamente português. A reação foi muito interessante, foi partilhado ainda pelo staff e o diretor do colégio. Oferecemos também pins com o logotipo do nosso agrupamento que incluía o termo “Erasmus” e marcadores de livros do projeto “E_moções” e ainda rebuçados do Dr. Bayard, cuja fábrica fica perto da nossa escola. No dia seguinte os professores e o diretor apresentaram-se com o referido pin na lapela.
Tivemos ainda oportunidade de conhecer a pitoresca e vibrante cidade de Galway e arredores. Trata-se de um local cheio de história, cultura, costumes, música e com uma população muito hospitaleira.
Por outro lado, queremos ainda salientar o reforço dos laços de amizade de trinta anos, entre nós, ao passar por esta nova experiência ao fim de muitos anos de ensino.
Este curso foi um verdadeiro desafio para cada uma de nós, levando-nos a desejar prosseguir a aprendizagem mais sólida da língua inglesa.
Esta experiência foi inesquecível, ajudando-nos a abrir horizontes que melhorarão as nossas práticas educativas. Tornou-nos melhores “pessoas” e professores.
Recomendamos fortemente os cursos desta natureza pela sua pertinência e qualidade a todos os que ainda tenham possibilidade de participar em cursos “Erasmus+”.
Uma palavra final à equipa organizadora do projeto Erasmus+.
OBRIGADA!
Entre os dias 28 de abril e 4 de maio, as professoras Isabel Xavier, Sílvia Alberto e Sónia Duque, da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, realizaram a sua mobilidade Erasmus+, em Helsínquia, na Finlândia, tendo frequentado a formação Finnish Approach to Pupil's Wellbeing: How to Bring More Activity, Fun and Joy to Classroom.
Nesta ação, a professora Mia Torttila explicitou os objetivos da educação finlandesa, bem como a forma de a desenvolver, o que foi essencial para aprender estratégias no que respeita ao comportamento em sala de aula, às distrações e necessidade de movimentação que os alunos têm, por vezes, perturbando o bom funcionamento da aula.
Esta aprendizagem sobre a cultura da atividade física no currículo escolar, bem como a adaptação das salas de aula às necessidades dos alunos, demonstra uma nova abordagem sobre a "indisciplina" em sala de aula. As atividades exteriores são também valorizadas como forma de incentivar a motivação e a participação ativa dos alunos.
Os professores receberam conselhos sobre como conversar com os alunos sobre os pontos fortes e explorar as melhores maneiras de avaliar os exercícios e as realizações dos seus discentes. Durante este curso, as professoras participaram em atividades práticas para identificar os pontos fortes dos estudantes e os seus próprios.
Neste curso de 30 horas, as docentes conheceram as teorias e técnicas básicas da educação positiva, além de terem descoberto exercícios simples de "mindfulness" para usar em sala de aula. Aprenderam, ainda, a comemorar as conquistas de seus alunos, fortalecendo assim as suas forças como forma de promover um clima positivo nas aulas, bem como vivenciaram experiências relativas à cultura finlandesa, como por exemplo, no dia 1º de maio (VAPPU), em que, tradicionalmente, os estudantes universitários e até aqueles que já deixaram a faculdade começam ou voltam a usar os seus chapéus que os reconhecem como licenciados. Esta celebração típica finlandesa denota a importância que a educação assume na Finlândia.
No final do curso, as professoras tiveram a oportunidade de planear o seu próprio projeto pessoal de bem-estar que será partilhada com os colegas da escola em Setembro.
Foi uma experiência inesquecível.